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Vendas de carros usados acumulam alta de 60% em 2021

O ano de 2021 será dos carros usados. Os especialistas do mercado automotivo já falavam sobre isso antes mesmo de o ano começar. O motivo principal é a pandemia da COVID 19 que fechou praticamente todas as fábricas de automóveis pelo planeta, o que geraria uma inevitável falta de produto a curto e médio prazos. E pela lei da oferta e da procura, pouco produto sempre resulta em aumento na tabela. O valor elevado do dólar em relação ao real também pesou na alta dos preços do 0 km.

A soma desses fatores levaram os consumidores às lojas de usados e seminovos que têm os carros para pronta-entrega. Os números comprovam isso. Nos segmentos de automóveis e comerciais leves, as transações, em maio, somaram 976.129 unidades, 18,87% acima dos 821.158 veículos comercializados em abril. Já em relação às 318.150 unidades vendidas em maio do ano passado, houve crescimento de 206,81%.

No acumulado de janeiro a maio deste ano, as vendas dos dois segmentos, somados, chegaram a 4.458.299 unidades, numa alta de 59,20% sobre as 2.800.390, de igual período de 2020.

Os modelos com até 3 anos de fabricação, os seminovos, representaram 11,41% do volume comercializado em maio, e 10,30% do total de automóveis e comerciais leves comercializados no ano.

GERAL

Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em maio de 2021, as transações de veículos usados, considerando todos os segmentos automotivos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), totalizaram 1.326.057 unidades, registrando alta de 18,50% sobre as 1.119.047 unidades comercializadas em abril. Na comparação com maio de 2020, quando 440.147 veículos foram transacionados, houve crescimento de 201,28%.

No acumulado de janeiro a maio de 2021, foram negociadas 6.032.061 unidades, alta de 60,37% sobre o mesmo período de 2020, que somou 3.761.338 veículos usados comercializados no país. “A diferença significativa sobre o ano passado coincide com a fase mais aguda da pandemia, quando o comércio estava, praticamente, fechado. Além disso, como as vendas de veículos novos estão limitadas à capacidade de produção das montadoras, que ainda enfrentam problemas, o mercado de usados continua aquecido, tanto nas transações em que esses veículos são oferecidos na troca por um zero km, quanto nas negociações entre usados”, explica Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.