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Mercado de elétricos comemora quase 200% de crescimento em 2022

Durante todo o ano de 2022 fizemos matérias mostrando a evolução rápida dos carros elétricos no Brasil. Os híbridos já são uma realidade e disputam mercado com modelos a combustão. Os 100% elétricos também estão se firmando e o número de unidades no ano passado teve um crescimento de 196%, na comparação com 2021. Foram 8.458 unidades em 2022, contra 2.851 veículos no ano anterior.

Quando observamos o ano de 2012, o salto para 2022 (10 anos) é gigantesco – 38.345%. Naquele ano, apenas 22 unidades foram emplacadas em todo o país. Isso é menos de um carro por estado. Se a comparação for realizada com 2020 (período de 2 anos), o crescimento da frota de carros elétricos é de 956%.

Hoje, considerando os números de 2022, com 8.458 unidades, isso representa uma média total de 313 veículos emplacados por estado (26 estados mais o Distrito Federal).

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a expectativa de crescimento para 2023 é ainda maior. “Esses números indicam que a tecnologia 100% elétrica vem aumentando muito sua participação no mercado e cada vez mais ganhando consumidores ávidos por um transporte não poluente e sustentável”, ressalta a Associação.

Em 2022, a frota de carros elétricos representou 17,2% de toda a soma de vendas de veículos eletrificados no Brasil.

Confira o ranking dos modelos elétricos mais vendidos em 2022:

1º VOLVO XC40 – 1.770

2º CHERY ICAR – 782

3º JAC E-JS1 – 609

4º RENAULT KWID E-TECH – 594

5º VOLVO C40 – 584

6º AUDI E TRON – 424

7º RENAULT KANGOO – 400

8º MINI COOPER – 384

9º NISSAN LEAF – 347

10º CITROEN E-JUMPY – 244

* Com informações do Auto Ranking

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Tecnologia

Entenda como funciona o sistema híbrido leve que está invadindo o Brasil

As tecnologias de eletrificação dos carros já não são novidades para muita gente. Muitos carros vendidos no Brasil ofertam alguma forma de eletrificação há algum tempo, como os híbridos regenerativos, plug-in e os 100% elétricos. Mas o que está surgindo em diversos modelos ao mesmo tempo e que parece ser a nova tendência em nosso mercado são os chamados híbridos leves, ou Mild Hybrid Electric Vehicle (MHEV 48V).

O Grupo CAOA no mês passado anunciou a eletrificação de toda sua gama, sendo que a maioria dela adota o MHEV 48V como alternativa ao motor a combustão puro. Outro lançamento que movimentou o mercado neste mês foi a chegada da quinta geração do Kia Sportage. O SUV também opta pelo sistema híbrido leve. Até o final do ano ouviremos falar muito dessa tecnologia com lançamentos em praticamente todas as montadoras.

Mas como funciona o MHEV? Ele realmente economiza combustível como os outros sistemas híbridos já conhecidos no mercado? Fomos até Araxá, no interior de Minas Gerais, para testar o novo Sportage e saber como funciona essa tecnologia de eletrificação.

+ No estoque da JBS Motors você encontra modelos híbridos e elétricos para pronta-entrega

O funcionamento do MHEV não se diferencia muito do híbrido full que conhecemos nos carros da Toyota. Trata-se de uma bateria que joga energia para o motor elétrico, que auxilia o motor a combustão em momentos de necessidade de força. Nos dois sistemas não é preciso recarregar a bateria na tomada, como nos plug-in, elas regeneram a energia cinética do carro em momentos de frenagem e também com auxílio do motor a combustão.

O jornalista Bruno Vasconcelos foi até Araxá (MG) conhecer a tecnologia MHEV do novo Kia Sportage

No caso do MHEV a autonomia em modo 100% elétrico praticamente no existe. O gerador elétrico acoplado ao motor a combustão, como um alternador, é acionado para dar a partida no carro e volta a ser usado quando o conjunto mecânico precisa de mais força, como nas subidas, ultrapassagens e acelerações mais vigorosas. É como um “empurrão” de leve que o sistema oferece ao motor convencional. Ele recebe energia de uma bateria de 48V instalada no porta-malas, onde ficaria o pneu reserva (o Sportage oferece um kit de reparo de pneus)

No caso do Kia Sportage, o sistema de comando do motor a combustão é composto por DOHC de 16 válvulas e por E-CVVT, acrescido do Comando de Válvulas de Duração Variável (CVVD), que propicia o modo de condução Velejar, desligando o propulsor por completo em situação de rodagem plana e, por consequência, a economicidade de combustível; assim como todo o sistema híbrido do Sportage entra em ação quando o veículo enfrenta uma descida, poupando o motor a combustão, ou em subidas, quando o powertrain necessita de mais força, sempre priorizando a eficiência de consumo e menores índices de emissões.

O conjunto do motor está acoplado ao câmbio automático de 7 velocidades e dupla embreagem DCT. Com essa configuração, o Sportage – segundo dados do Inmetro – registrou desempenho de 11,5 km/l na cidade e de 12,1 km/l na estrada, sempre abastecido com gasolina.

Além de uma melhor eficiência no consumo e melhor desempenho, o MHEV tem os mesmos benefícios fiscais dos modelos híbridos full e até mesmo que elétricos (em alguns estados da Federação).

Outro fator que está fazendo essa tecnologia se expandir rapidamente é financeiro. Segundo a Kia, o MHEV representa um custo extra de 700 euros (R$ 3.682 na cotação atual), se comparado com o mesmo carro a combustão. Isso claro é o valor na fábrica, antes das tributações e outros insumos.

Já para produzir um híbrido full é necessário um acréscimo de aproximadamente 3 mil euros (R$ 15.780) e mais de 7 mil euros (R$ 36.821) se a tecnologia escolhida for a do híbrido plug-in. Claro que esses valores superiores desses sistemas podem ser compensados com uma economia bem superior de combustível ao longo dos anos, principalmente para quem roda muito com o carro.

Tecnologia plug-in, como a do Compas 4xe, é a mais cara entre os híbridos

Diante desses valores e vantagens, dá para entender porque muitas montadoras estão adotando e vão adorar o MHEV. Essa tecnologia não depende de uma infraestrutura de carregadores elétricos e têm uma manutenção bem mais simples se comparado com outras tecnologias híbridas.

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Eventos pelo mundo

Confira as novidades automotivas do New York Auto Show

Depois de dois anos de cancelamento por conta da pandemia da Covid-19, o New York Auto Show reabriu suas portas ao público. Até o este domingo (24), o evento segue mostrando ao mundo o presente e o futuro próximo do setor automotivo e quem esteve presente e nos conta tudo que viu por lá foi o jornalista Jorge Moraes.

Nova York – Em um universo automotivo mais elétrico em relação a última edição, o evento aposta inclusive em uma pista de testes para carros de energia limpa e uma área de micromobilidade. Ausência marcante e registrada dos alemães (menos VW) e ingleses. BMW, Audi, Mercedes-Benz, Jaguar e Volvo nem deram bola para o evento no maior mercado de luxo dos Estados Unidos.

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Confira os supercarros do show-room da JBS Motors

Mas passear pelo Jacob Javits Center, A porta de entrada é o estande da Ford com foco direto para o bruto Bronco Raptor. A marca norte-americana leva a versão mais potente legalizada para as ruas, com um motor EcoBoost 3.0 que entrega mais de 400 cavalos. O modelo conta ainda com um novo reboque capaz de tracionar até 4,5 toneladas.

Bronco Raptor é destaque no estande da Ford em NY. Fotos: Jorge Moraes/Cedidas

Além disso, também estão expostos o GT Holman Moody Heritage, edição ultralimitada do carro que homenageia o vencedor de Le Mans em 1966, e o F-150 Lightining, versão elétrica da picape que este ano conta com duas opções de bateria e autonomia de até 482 km. Segundo a marca, o truck vai de 0 a 100 km/h entre 4 e 5 segundos.

F-150 Lightining virou febre no mercado norte-americano

A Japonesa Nissan dá destaque ao mundo eletrificado do crossover Ariya e o Leaf, que é o primeiro degrau elétrico da marca no mundo. O sedã Sentra tá pronto para ser vendido no Brasil e a picape Frontier ao lado do Pathfinder aparecem como coadjuvantes. O Sentra, já confirmado para o Brasil, será importado do México com motor 2.0 de 145 cavalos. A Honda não deu as caras e a Toyota mostra o Corolla GR com motor 1.6 de três cilindros que entrega 300 cv de potência e 37,7 kgfm de torque. Esse também comunicado pela marca para o mercado brasileiro. Estanho é ver a Lexus explorando pouco a corrente híbrida do fabricante.

Novo Sentra está confirmado para o mercado brasileiro

A General Motors faz claras apostas na Silverado elétrica com 673 cavalos de potência e 107 quilos de torque sem contar na autonomia de 643 quilômetros. O Bolt, meio apático, estava no canto do muro, sem expressão no local. O Corvette Z06 2023, sem dúvida, é o esportivo mais sedutor da mostra.

Chevrolet também lançou sua picape 100% elétrica, a Silverado EV

No peito da Stellantis, o Grand Cherokee 4xe, que será lançado no Brasil no segundo semestre, e virá como o segundo produto da Jeep na corrente híbrida no país. O SUV importado da Itália terá potência combinada de 380 cv. O motor turbo a gasolina é um 2.0. A autonomia do luxuoso 5 lugares será de até 50 Km no modo bateria.

Grand Cherokee 4xe chega ao Brasil no segundo semestre deste ano

Os salvadores
Em tempos de pouca fé e muito investimento em salões desse porte, os sul-coreanos e três japoneses (Nissan, Toyota e Subaru) salvam o lado importado do auto show. A Hyundai, com o premiado ioniq 5 e oferta de autonomia que passa dos 450 Km, expõe novamente a picape Santa Cruz (a pergunta é quem vai vender no Brasil? CAOA ou HMB?), o Palisade reestilizado e a dupla Tucson e Santa Fé.

A KIA explora o eV6, que já roda em testes pelas ruas de São Paulo e traz o conceito eV9 que parece uma atualização do Soul tamanho GG. Sportage, outro na porta de entrada do Brasil, e o Niro são atrações que valorizam o mesmo esquema mecânico do híbrido leve. Veja o que existe no Stonic e pense por aí.

E os alemães ?
A Kombi (ID. Buzz) e o Tiguan representam a pátria europeia. O SUV de sete lugares com assinatura R (SEL) não é a versão híbrida que será vendida no Brasil em 2023 e para mim reforça a ideia que os norte-americanos consomem tudo de todo jeito, 100% a combustão ou no modo eletrificado.

Kombi elétrica (ID. Buzz) é puro charme e virá para o Brasil

O ID, de 4,71 metros, que tem planos globais, foi inspirado na lendária Kombosa. O modelo tem velocidade máxima limitada a 145 Km/h e quanto a autonomia? Deverá acompanhar o que oferta o ID4 perto dos 400 Km ou um pouco mais.