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Carros elétricos e híbridos estão em alta no Brasil

As vendas de carros híbridos e elétricos bateram novos recordes no Brasil. Tanto nos emplacamentos do primeiro semestre de 2021 como nos números de junho, os veículos eletrificados de passeio e comerciais leves avançaram para patamares inéditos de participação de mercado. A informação é do site Motor1.

De acordo com os dados divulgados pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), que compilou os dados fornecidos pela Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores), foram 13.899 veículos eletrificados (elétricos, híbridos e híbridos plug-in) emplacados nos primeiros seis meses de 2021 – 1,4% do total de 1.006.685 veículos comercializados no mercado interno entre janeiro e junho.

Enquanto isso, junho de 2021 foi o melhor mês da série histórica da ABVE, com 3.507 emplacamentos de híbridos e elétricos, superando o resultado de maio (3.102) e atingindo o patamar inédito de 2% de participação de mercado dos eletrificados entre os veículos leves e comerciais leves comercializados no mês (169.589).

Como referência, o market share dos veículos eletrificados no país havia sido de 1,7% em maio e apenas 1% nos primeiros seis meses de 2020, o que mostra a rápida evolução nas vendas desse tipo de veículo, ainda que o mercado interno seja reduzido. A frota total de eletrificados em circulação no Brasil chegou a 56.168 veículos (2012 a junho de 2021).

A tendência é que com o lançamento de novos modelos elétricos e híbridos a partir do segundo semestre deste ano e a ampliação da rede de vendas para esse tipo de veículo pelas montadoras, os números devam a crescer de forma cada vez mais acelerada – a ABVE estima que as vendas de veículos eletrificados ultrapasse as 30.000 unidades no fechamento de 2021.

Veja abaixo a distribuição das vendas por tipo de veículo:

Total de eletrificados (1° semestre): 13.899

Híbrido convencional: 8.065 = 58,02%
Híbrido plug-in: 5.102 = 36,70%
Elétrico a bateria: 732 = 5,26%

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Corrida

Novos carros da Fórmula 1 em 2022 vão acirrar as disputas na pista

Quem assiste e curte a Fórmula 1 torce para que a corrida seja cheia de ultrapassagens. A disputa por posições é o que alimenta a competição e leva emoção às pistas. Em 2022, a categoria promete aumentar significativamente o número de duelos e ultrapassagens com mudanças importantes na aerodinâmica dos carros. Foi o que afirmou a direção da FIA ao apresentar o carro-conceito que balizará o desenho dos modelos produzidos pelas equipes.

O carro-conceito que vemos nas fotos tem um visual futurista mas já adianta os detalhes importantes da aerodinâmica dos novos carros. Asas dianteiras e traseiras serão simplificadas, bargeboards, estrutura na lateral dos carros, serão eliminados E as entradas laterais de ar serão redesenhadas. O bico se torna ainda mais baixo, que remete ao desenho dos carros da F1 dos anos 1990.

Pilotos da F1 foram apresentados ao novo carro em Silverstone, no GP da Inglaterra. F1/Divulgação

Todas essas mudanças na aerodinâmica têm a missão de facilitar as ultrapassagens. Isso será possível diminuindo as turbulências geradas pelos carros, prejudicando e muito o rendimento de quem vem atrás. “Em 2022 vamos começar um novo caminho com estas grandes mudanças no regulamento. Este regulamento foi desenhado para que os pilotos sejam capazes de andar mais próximos uns dos outros na pista”, afirmou o presidente da FIA, Jean Todt.

Segundo cálculos da F1, um carro de 2022, no ar sujo (ou turbulento), terá 86% do downforce que teria no ar limpo. Com os carros atuais, esse número é de apenas 55%. Isso é um ganho significativo de estabilidade nas curvas que poderá fazer muita diferença numa categoria onde os milésimos de segundo podem definir uma corrida.

F1/Divulgação

As pesquisas atuais mostram que os carros da F1 perdem 35% de sua força descendente quando estão a 20 metros de um carro à frente e 47% quando estão a apenas 10 metros. Agora esses números serão reduzidos para 4% e 18%, respectivamente, devido ao desenvolvimento focado para aumentar o ‘efeito solo’, que proporciona um nível mais alto de força descendente nos monopostos.

“Parece que foi há muito tempo que a FIA revelou oficialmente os regulamentos para o futuro do esporte, mas depois do atraso de um ano em razão da pandemia faltam somente 170 dias para o início de 2022, quando veremos a próxima geração de carros da F1 entrar na pista”, disse Ross Brawn, diretor-esportivo da F1.

Algumas mudanças inéditas também estão presentes no novo carro-conceito da F1 para 2022, como a presença dos novos pneus com 18 polegadas da Pirelli. Além disso, pela primeira vez na categoria, os carros terão winglets (pequenas asas) sobre as rodas, que serão mais resistentes que os atuais vórtices da asa dianteira, apesar de contarem com um papel semelhante na aerodinâmica do carro.

F1/Divulgação

Outra novidade, que não é inédita, mas aconteceu apenas em 2009 na categoria é o retorno das tampas das rodas, a popular “calota”. As novas regras da F1 para 2022 ainda limitarão o que os engenheiros podem fazer em questões de aerodinâmica, mas estas tampas basicamente proporcionam o envio de fluxo de ar pelas rodas, o que ajuda a aumentar a força descendente.

F1/divulgação

“Há uma grande empolgação diante desta nova era e, embora 2021 tenha sido de uma grande batalha, ainda temos carros para seguir uns aos outros durante as corridas. Os regulamentos para 2022 vão abordar este problema e vão criar uma oportunidade para disputas mais próximas e mais corridas ‘roda a roda’. O efeito combinado dos novos regulamentos aerodinâmicos e as regras financeiras, na forma de limite orçamentário, vai criar condições para um campeonato mais equilibrado e para que as diferenças no grid sejam reduzidas”, concluiu Brawn.

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Mercado

Mercado de seminovos e usados registra alta de 63% no semestre

Com o segmento de carros 0 km sofrendo com baixas na produção e muitos aumentos de preço, os carros usados tiveram um aumento acima de 63% no primeiro semestre deste ano. A transação de veículos usados, nesse 1º semestre, ultrapassou a marca de 7,3 milhões de unidades, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, alguns fatores prejudicaram a vendas dos automóveis 0km e em contrapartida, favoreceu os usados. “No primeiro semestre de 2020, a chegada da pandemia de Covid-19 fechou concessionárias e lojas independentes, comprometendo muito as negociações de usados nos meses de abril e maio, em todo o Brasil. Além disso, grande parte dos Departamentos Estaduais de Trânsito(Detrans) estava com operações limitadas, não realizando, por exemplo, as transferências de titularidade, interferindo, diretamente, no registro das transações”, esclarece.

No comparativo de junho de 2021 com o mesmo período de 2020, houve um aumento de 81,73% na venda de usados de automóveis e comerciais leves. “O mercado de automóveis e comerciais leves usados permanece aquecido e reduziu a disponibilidade desses veículos no mercado, em função das dificuldades que a indústria vem enfrentando na produção dos zero km”, acrescenta Assumpção.